segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Epicondilite lateral - o cotovelo do tenista


A epicondilite lateral - ou cotovelo do tenista - é uma lesão crônica, causada por um estresse repetitivo sobre os tendões dos músculos extensores do punho.


A articulação do cotovelo é formada por 3 ossos: úmero (no braço), ulna e rádio (no antebraço). Na extremidade inferior do úmero (na região do cotovelo) existem duas protuberâncias ósseas, chamadas epicôndilo lateral e epicôndilo medial.

A epicondilite lateral, como o próprio nome diz, acomete a região do epicôndilo lateral, onde se inserem os músculos extensores do punho e dedos, tais como extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, extensor comum dos dedos e extensor ulnar do carpo.


A epicondilite é causada por uma sobrecarga repetitiva destes músculos, muito usados por tenistas - daí vem o "apelido" desta doença - ou outros atletas que utilizem raquetes, ou em movimentos cotidianos com o punho em extensão, como ao digitar por muito tempo.

Veja como sentar-se corretamente ao utilizar o computador para evitar este problema.

O músculo sobrecarregado pode entrar em processo inflamatório, gerando uma tendinite; ou pode haver um desgaste do tendão (tendinopatia não inflamatória) por uma diminuição da vascularização destes tendões, causando dor ao esforço.



Os sintomas começam com dor na face externa do cotovelo ao esforço, evoluindo para sensibilidade da região ao toque e dor durante tarefas leves. Esta dor pode chegar a irradiar para o antebraço e punho.

No tratamento inicial da epicondilite deve-se diminuir ou cessar as tarefas que causam dor (às vezes até imobilizando a articulação) e realizar fisioterapia analgésica (crioterapia, ultrassom). Aos poucos são introduzidos exercícios de fortalecimento e correção dos movimentos, para que estes sejam realizados de forma mais harmônica e com menor sobrecarga possível.

O fisioterapeuta também pode aplicar bandagens funcionais, que auxiliam na proteção da articulação e também na correção  do movimento articular, além de dissipar a energia entre os tendões, diminuindo a sobrecarga sobre um tendão único.

Poucos casos evoluem para tratamento cirúrgico, pois a maioria tem sucesso ao tratamento conservador.