quarta-feira, 10 de junho de 2015

Psicologia do Esporte: o impacto sobre os atletas

Ontem foi divulgado o resultado do primeiro sorteio de ingresso para as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro. É possível ver nas redes sociais o impacto que este evento causa nos fãs do esporte, ávidos por assistir os principais atletas do mundo na maior competição esportiva do planeta.

Mas e o impacto que estas competições tem sobre os próprios atletas?



Falamos com a psicóloga Thaiana Brotto, que fala um pouco sobre este assunto.

"Durante a Copa do Mundo de futebol realizada no Brasil em 2014, todos puderam ver o abalo emocional dos jogadores da Seleção Brasileira após a vitória sofrida sobre o Chile pelas oitavas-de-final e após a derrota para a Alemanha na semifinal. Era visível a sensibilização dos jogadores frente a uma pressão enorme de ter de ganhar uma competição em seu país de origem e ainda demonstrar um futebol com habilidades perfeitas que surpreendesse o mundo.

A emoção que envolve a possibilidade ou o ato de vencer, ou a frustração da perda são sentimentos absolutamente normais e que fazem parte do dia a dia do atleta, mas em determinados momentos ela pode desestabilizar o indivíduo e tirá-lo de seu foco, determinação e coragem. Antes, durante e depois de uma competição, as equipes de um atleta individual ou de uma seleção são acompanhadas por profissionais especializados que lhe darão todo o suporte necessário. Trata-se de uma área muito importante e que vem despontando atualmente: a Psicologia do Esporte.
Como a Psicologia do Esporte pode ajudar o atleta?

A psicologia esportiva compõe uma das áreas das Ciências do Esporte e pode ser chamada também de Psicologia do Esporte e do Exercício, que pode ser dividido em duas áreas: uma voltada ao praticante de exercício físico ou que pretende iniciar as atividades físicas, e a outra voltada para os esportistas.

A primeira se dispõe a incentivar um indivíduo à prática de atividade física a fim de promover a saúde corporal e mental. A pessoa que pretende mudar seu estilo de vida e adotar entre os hábitos saudáveis a prática de exercício físico, pode não encontrar um caminho simples de percorrer, e se o psicólogo não compreender isso, o desenvolvimento dessa etapa da vida poderá ser defasado. A segunda trabalha o contexto esportivo, empenhado em melhorar a performance dos atletas, aconselhá-los, auxiliá-los nos momentos de frustração e reabilitação de lesões, e promover o exercício físico em geral.

No caso dos esportes, o psicólogo esportivo integra a comissão técnica de uma equipe ou a confederação de um determinado esporte. Acompanha a rotina das equipes, que engloba horários de treinamento, viagens, concentrações, recuperação de lesões, etc. O profissional trabalha para o desenvolvimento e aprimoramento do desempenho esportivo, utilizando ferramentas e métodos que otimizam o rendimento por meio do trabalho das habilidades mentais.

Todo o trabalho do psicólogo esportivo é feito de acordo com a esfera que envolve a equipe, ou seja, os relacionamentos entre todos os componentes do grupo (técnicos, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, preparador físico, etc.), a motivação, a liderança, a coesão e outros fatores importantes que fazem parte de um grupo. Seu objetivo é entender como os fatores psicológicos influenciam o desempenho do atleta e compreender o que afeta o desenvolvimento esportivo nos âmbitos emocional, de saúde e bem-estar de uma pessoa.

O profissional da Psicologia do Esporte deve ter, é claro, conhecimento em aspectos da Psicologia aliado aos conhecimentos específicos do exercício físico e do esporte em questão. Quem atua ou deseja atuar nessa área deve, antes de tudo, gostar de esportes e acompanhar as competições. Tanto o profissional de Educação Física quanto o psicólogo têm em suas grades curriculares os conceitos de Psicologia do Esporte. Porém, ambos necessitam se especializar na área após a graduação."

Psicóloga Thaiana Brotto
CRP 06/106524
(11) 3213-7287

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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Exercícios de Pilates para idosos - escrito para Revista Pilates

O corpo humano foi projetado para se mover com velocidade, força, agilidade e resistência, numa surpreendente variedade de amplitude de movimentos. Infelizmente, condições como envelhecimento e sedentarismo culminam com a perda ou diminuição destas habilidades. Para prevenir ou diminuir os déficits que o idoso está sujeito, é essencial a prática de alguma atividade física, e o Pilates é uma ótima alternativa! Entre seus benefícios estão:



• Equilíbrio e alinhamento postural;
• Força, resistência, potência, flexibilidade e estabilidade;
• Coordenação motora;
• Condicionamento físico;
• Diminuição de quedas;
• Prevenção de dores e lesões.

Além disso, com o passar dos anos, é comum que as pessoas diminuam seus afazeres e tarefas diárias, se aposentem e saiam menos de casa. Neste caso, a possibilidade de conviver com dor nas costas é grande. Ao longo do processo de envelhecimento, é natural que os discos intervertebrais desidratem, que a flexibilidade diminua, aumentando a chance de desenvolver artrose na coluna.

Entretanto, este é um processo natural, que deveria ser assintomático. Quando a pessoa tem sua mobilidade diminuída, como citado acima, esse processo natural torna-se exacerbado, aumentando o risco de dores. Mantendo hábitos saudáveis e se exercitando regularmente, uma pessoa idosa tem as mesmas condições de alguém mais jovem de ter ossos e músculos saudáveis, e viver com qualidade de vida e sem dor.


Com a maior longevidade da população, temos também o aumento das doenças crônico-degenerativas. Fazem parte deste grupo as doenças reumáticas, como artrite e artrose. O Pilates pode ser uma ótima alternativa de tratamento para estas patologias, atuando em diversas frentes. Além de trabalhar a amplitude de movimento, por meio de alongamentos, o Pilates tem seu papel na melhora da consciência corporal e, consequentemente, no realinhamento postural, diminuindo assim o atrito excessivo entre as articulações e o risco da formação de osteófitos.

Também trabalha o fortalecimento muscular, que protege e estabiliza a articulação e melhora a funcionalidade. Não só isso, mas o próprio movimento aumenta a lubrificação das articulações, diminuindo a dor e melhorando a qualidade do movimento. Juntando todos estes fatores, ocorre também uma diminuição importante do risco de deformidades articulares e melhora na qualidade de vida. Os exercícios podem ser realizados com baixo impacto e baixa sobrecarga, sem causar dor, sempre respeitando o limite de cada indivíduo.